Alagoas

Grupo Gay de Alagoas contabiliza 15 homicídios de pessoas LGBT este ano

Jonathan Lins
Grupo Gay de Alagoas contabiliza 15 homicídios de pessoas LGBT este ano
Foto: ABHISHEK CHINNAPPA / REUTERSNúmero de agressões chega a 88, já é maior que o do ano passado.

Subiu para 15 o número de homicídios de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em Alagoas desde janeiro de 2017, segundo informou o Grupo Gay de Alagoas (GGAL) nesta segunda (16). Em todo o ano passado, foram 21 mortes.

O caso mais recente foi registrado na última sexta-feira (13), em Cajueiro. De acordo com o GGAL, a vítima foi uma travesti identificada apenas pelo nome de registro, José Cícero da Silva, 30.

“A informação que temos é que ela era profissional do sexo, mas ainda não sabemos a motivação do crime”, informou o presidente do GGAL, Nildo Correia. Outro número que chama atenção é o de agressões físicas e morais, que já é maior que o do ano passado. São 88, contra 74 de 2016.

De acordo com o grupo, o número pode ser ainda maior que o registrado, já que muitas vítimas não denunciam.

“A situação é crítica. Os assassinatos continuam, as agressões físicas e morais continuam, e a gente vê que as políticas não avançam. A redução da violência não é só com segurança pública, é algo que precisa ser trabalhado em várias esferas, inclusive nas escolas”, falou Correia.

Vulnerabilidade Social

De acordo com o GGAL, o número de mortes e agressões às vezes não possuem ligação direta com a sexualidade em si, mas sim com outros tipos de situação, como as drogas.

“É um público hoje que não possui um mercado de trabalho. Que muitas vezes é expulso de casa, da escola. Então a homofobia não só vem, na verdade, através do assassinato. A vítima muitas vezes já sofreu preconceito lá atrás. A gente não tem um mecanismo de prevenção à violência, que trabalhe geração de emprego e renda, cultura, saúde e a família”, destacou o presidente.

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