CBF aprova paralisação de de árbitro após gritos homofóbicos em São Januário
Pela primeira vez, uma partida foi paralisada no Brasil por causa de gritos homofóbicos.
Nesta 16ª rodada do Brasileirão, a paralisação do jogo entre Vasco da Gama e São Paulo rendeu mais assunto do que os dois gols da vitória do Cruz-Maltino. Após gritos homofóbicos por parte da torcida do Vasco, o árbitro Anderson Daronco interrompeu o andamento da partida, reuniu os capitães dos times e pediu uma mudança na postura dos torcedores que estavam causando o desagradável evento. O presidente da Comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba elogiou a postura de Daronco.
“A orientação é essa mesmo: o árbitro parar o jogo, pedir para que as pessoas tomem uma outra forma, e se a ocorrência persistir após o aviso, as consequências se tornam mais graves. Faz parte do código da Fifa, essa orientação vem lá de cima. Acho que a ação do árbitro foi recebida muito bem, como quero elogiar os profissionais envolvidos, do Vasco em especial, que prontamente atenderam ao árbitro e agiram perante a torcida, fazendo com que os gritos calassem”, assentiu.
O jogo foi paralisado após o grito “time de veado”, conforme está descrito na súmula de Daronco, ser entoado nas arquibancadas do Vasco, no segundo tempo do confronto dominical entre o carioca e o paulista. O caso que foi registrado na súmula da partida, está sendo analisado pela procuradoria do STJD. Se o Vasco da Gama for considerado culpado pode perder até três pontos no Campeonato Brasileiro.
“A nossa parte a gente está fazendo e isso também faz parte da campanha do respeito que a CBF lançou. Acho que vai além da questão de respeitar o árbitro de futebol, mas respeitar o jogo, as pessoas, deixar o espetáculo melhor e mais atrativo para as pessoas. Acho que foi um exemplo positivo para a sociedade. É uma questão de educação do povo, o pessoal tem que começar a se adaptar. Esse é um novo momento do mundo e aquilo que acontecia há 30 anos não pode mais se repetir”, afirmou Gaciba.
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