Lateral-esquerdo do Atlético-MG afirma que problema com a torcida está relacionado a sua sexualidade, do mesmo modo como ocorria no São Paulo.
Por Fernando Martins Y Miguel
Richarlyson (Foto: Bruno Cantini/Flickr do Galo)Um dos jogadores mais vaiados pela torcida do Atlético-MG, desde a eliminação do time na Copa do Brasil, no meio de semana, o lateral-esquerdo Richarlyson acredita que a reação da torcida não passa de perseguição.
O jogador rechaça que esteja numa sequência ruim e culpou a homofobia da torcida atleticana, que assim como a são-paulina, o persegue pelo fato da sua sexualidade.
“Se fosse pela sequência de jogos, o Cuca não seria idiota e não iria me colocar para jogar. Todo mundo sabe que é perseguição. Mas já vivo isso há tanto tempo na minha vida e não vai ser hoje que vou encarar isso de maneira diferente. O importante é que tenho a confiança do Cuca, dos meus companheiros, da diretoria. Vou continuar atuando do jeito que venho atuando, e melhorar algumas coisas que é normal.”
Richarlyson demonstrou uma certa mágoa com a torcida atleticana e diz que vai dar a volta por cima pela família e pelos companheiros de clube, excetuando os torcedores.
“Isso é perseguição. Não adianta a gente abaixar a cabeça ou ser leigo e colocar outras coisas nessa manifestação da torcida. Vou respeitar até porque é uma manifestação passiva. Vou dar a volta por cima, não por eles, mas por minha família, pelos meus companheiros e no domingo vou colocar a faixa no peito de campeão.”
O jogador sabe da importância do título mineiro de maneira invicta pelo Atlético-MG, caso a equipe consiga o empate no próximo domingo.
“São 38 anos que não acontece isso aqui. A gente sabe de tudo isso. Estamos pagando por anos sem conquistas de títulos. A gente está invicto no campeonato. É ter atenção porque ainda não se ganhou nada. É manter a concentração, a confiança e sair daqui campeão no domingo.”
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