Parada do Orgulho LGBT leva 100 mil às ruas de Tel Aviv, no Oriente Médio

Da AP

Foto: AP/Reuters

100 mil pessoas participaram da Parada do Orgulho LGBT de Tel Aviv nesta sexta-feira (13).

Homens sem camisa e drag queens super coloridas festejaram com milhares de pessoas no centro de Tel Aviv nesta sexta-feira (13) durante a Parada do Orgulho LGBT, que é a maior do Oriente Médio.

Tel Aviv é um dos poucos lugares no Oriente Médio onde lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais se sentem livres para andar de mãos dadas e se beijar em público. Nos últimos anos, a cidade se firmou como um importante destino LGBT, num nítido contraste com a hostilidade enfrentada por LGBTs nos outros países da região.

Porta-voz da polícia da cidade, Micky Rosenfeld estimou em 100 mil pessoas é o número de participantes. Com a música tocando num volume alto durante toda a rota do desfile, os milhares de participantes dançavam e agitavam bandeiras do arco-íris.

Em contraste com os que apostavam na pouca roupa, as drag queens usavam vestidos com lantejoulas, sapatos de salto alto e maquiagem.

Lésbicas e gays assumidos integram as Forças Armadas e o parlamento de Israel. Alguns dos artistas mais populares do país são LGBTs. Apesar disso, ativistas locais dizem que o país ainda tem muito a avançar na promoção da diversidade sexual.

Oficialmente, não há casamento igualitário em Israel, principalmente porque não há casamento civil de qualquer espécie. Todos os matrimônios judaicos devem ser realizados por meio do rabinato, que considera a homossexualidade um pecado e uma violação da lei judaica.

O ambiente aberto à diversidade sexual da Tel Aviv é muito diferente da conservadora cidade vizinha de Jerusalém, que concentra locais sagrados do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.

Jerusalém tem uma pequena cena LGBT e até uma Parada do Orgulho, mas ela é numa escola muito menor do que a de Tel Aviv.

Em todo o resto do Oriente Médio, as relações entre pessoas do mesmo sexo são um tabu. A penetração da religião na vida cotidiana, junto com as normas culturais rígidas, desempenham um fator importante nisto. Relações do mesmo sexo são puníveis com a morte no Irã, Mauritânia, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen.

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