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Mais de 10 mil pessoas protestam em Roma por mais avanço nos direitos LGBT

Do Gay1 Mundo

Mais de 10 mil pessoas protestam em Roma por avanço nos direitos LGBT

Foto: Tiziana Fabi / AFP

Manifestantes se reúnem na Praça do Povo de Roma para reivindicar mais direitos LGBT.

Milhares de pessoas se concentraram neste sábado na cêntrica Praça do Povo de Roma para pedir mais direitos para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na Itália, depois que alguns senadores que aprovaram a lei sobre as uniões entre pessoas do mesmo sexo exigiram a exclusão da parte que falava sobre adoção.

As cerca 10 mil pessoas que se reuniram na praça, segundo a agência de notícias E!, se manifestaram por considerar que “as novas normas não bastam” para garantir os direitos a todo o coletivo LGBT.

Nos discursos dos membros das associações e organizações que representam o coletivo na Itália, a classe afirmou que seguirá lutando para obter o direito de adoção e que as crianças devem ser protegidas.

O senado italiano aprovou em 25 de fevereiro em primeira leitura um projeto de lei que reconhece as uniões entre pessoas do mesmo sexo na Itália. O casamento, no entanto, não foi reconhecido.

Mas, devido às fortes divisões na coalizão governamental e à total oposição dos membros conservadores do partido Novo Centro-Direita, que ameaçaram não votar na lei, o direito à adoção dos filhos biológicos de um dos membros do casal foi excluído da norma.

Segundo a Reuters, para a presidente da associação Famiglie Arcobaleno (Famílias Arco-íris), Marilena Grassadonia, o projeto adotado pelo senado em 25 de fevereiro, “não é nada satisfatório”, já que como gesto para os aliados de centro-direita, foram excluídos os direitos de adoção.

Gabriele Piazzoni, secretária nacional da associação Arcigay, pediu que a igualdade seja total. Esta lei “é um ponto de partida, não um destino final”.

A lei pretende preencher um vazio jurídico na Itália, que é o último grande país da Europa Ocidental que não tinha regulamentado a união entre casais do mesmo sexo.

Após sua adoção no Senado, a lei deve ser aprovada pela Câmara dos Deputados no prazo de dois meses.

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