Londres celebra 50 anos da descriminalização da homossexualidade com arte
Foto: Tate Modern/Reprodução
Tela “Sappho e Erinna no Jardim de Myhtilène” (1864), do britânico Simeon Solomon.
O museu londrino de arte moderna Tate Modern anunciou nesta sexta-feira (9) que celebrará o 50º aniversário da descriminalização da homossexualidade na Inglaterra e no País de Gales com a primeira exposição do museu dedicada ao público LGBT.
A exibição, que irá do dia 5 de abril a 1º de outubro de 2017, reunirá pinturas, desenhos, fotografias e filmes que foram criados entre os anos 1861 e 1967 para mostrar como se expressavam os artistas em uma época na qual a sexualidade e a identidade de gênero eram temas questionados.
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“Retrato de um Artista (Piscina com Duas Figuras)” (1972), David Hockney.
“Queer British Art” contará com quadros de pintores como o irlandês Francis Bacon e os ingleses Keith Vaughan, Evelyn de Morgan, Glyn Philpot, assim como trabalhos do fotógrafo e modista britânico Cecil Beaton.
Entre os objetos expostos estará a porta da cela na qual o escritor, poeta e dramaturgo Oscar Wilde ficou preso durante dois anos por “indecência grave e sodomia”.
Outro dos destaques da exposição será uma seção focada nas criações do Círculo Bloomsbury – grupo artístico criado na casa da escritora Virgina Woolf. Essa sala incluirá quadros de cenas íntimas entre amantes e cenas da vida cotidiana dos componentes do grupo.
As obras que serão mostradas foram produzidas em um momento em que os termos gay, lésbica, bissexual e transexual tinham pouco reconhecimento público. Ter relações com pessoas do mesmo sexo era considerado crime na Inglaterra e Gales até 1967, na Escócia até 1980 e na Irlanda do Norte até 1982.