Depois de a jornalista Mara Beatriz, de 39 anos, acusar a Escola Estudar Sesc de expulsar sua filha de 13 anos por transfobia, a unidade de ensino em Fortaleza, no Ceará, voltou atrás e garantiu a matrícula da estudante, pedindo desculpas e afirmando que tomou todas medidas para incluí-la. No entanto, em entrevista ao site O Globo, Mara Beatriz disse que a menina ainda está muito abalada e que, portanto, não sabe se vai continuar na instituição em 2018.
“Ela ainda está muito abalada, não sabe se continua na escola. Ela disse é que os amigos dela estão lá, mas ela não se sentiu bem com o que aconteceu e com os comentários que estamos recebendo. O problema não partiu das crianças. A maior parte delas a tratou bem e a acolheu nesse período. Minha filha começou a transição (de gênero) neste ano, quando estava com 12 anos. Ela fez 13 apenas no último domingo”, contou a mãe.
A Escola Educar Sesc informou, em nota, que está cumprindo “o compromisso assumido com a família da aluna e com a população em geral”, adotando as seguintes ações: “Realizou o ajuste no sistema de informática para possibilitar a inclusão do nome social nos documentos escolares; providenciou a emissão e já está de posse da carteira estudantil da aluna, não proíbe a utilização de banheiro conforme a identidade de gênero”.
A situação ganhou repercussão nacional depois que Mara Beatriz publicou um post no Facebook contando que, durante uma reunião, um representante da escola pediu que sua filha se retirasse do colégio. Em questão de horas, o relato alcançou milhares de comentários de apoio e compartilhamentos. Em seguida, a unidade de ensino se pronunciou, lamentando o ocorrido, informando que a adolescente não seria afastada e que medidas inclusivas estavam sendo implementadas.