A oposta Tifanny, do Vôlei Bauru, não concorda com os argumentos de que não deveria atuar na Superliga feminina. Na última sexta-feira, contra o Vôlei Nestlé, ela marcou 31 pontos, a mesma marca de Tandara, que atua pelo time de Osasco. Na ocasião, sua equipe saiu derrotada por 3 a 2.
“Se no vôlei existem mulheres boas e homens bons, vai existir transexual boa. Estou aqui apenas por causa do meu talento”, avisou Tifanny, lembrando que outras atletas também costumam marcar muitos pontos. “Se colocar a Tandara no nosso time, ou a Bruna Honório (Pinheiros), elas serão muito bem acionadas. Nossa equipe joga assim”, disse.
Ela comenta que desde que passou a controlar os níveis de testosterona no corpo, sua força diminuiu bastante e ela não consegue atacar como fazia antes de passar pela transição de gênero.
“Como eu vou atacar mais forte que isso? Se eu atacar mais forte do que estou, tenho de voltar para o masculino. Não consigo não, não dou conta. Este é o meu máximo, é o que o hormônio me deixa fazer: virar mulher e ter a força feminina”, explicou.