Rio de Janeiro poderá ter presídio exclusivo para pessoas LGBT
Medida dependerá de resultado de estudo e de consulta a detentos.
De acordo com Ana Cristina Faulhaber, coordenadora do novo setor, primeiramente será feito um estudo da população carcerária LGBT, e haverá uma consulta aos detentos. “Precisamos ouvir o que os presos acham da ideia. Não se cria qualquer política sem ouvir a população e ver qual é a sua necessidade. Precisamos estudar todos os dados e políticas possíveis. O secretário (David Anthony) quer que ocorram projetos diferenciados”, comentou.
A coordenadora também pretende criar políticas específicas para as mulheres nas cadeias. Segundo Ana Cristina, uma delas é a uniformização de todos os procedimentos de revista nas unidades prisionais, além da humanização dos espaços onde as detentas recebem visitas dos filhos.
“A intenção é tornar o Rio uma referência nacional com essas políticas, da mesma forma que a Unidade Materno Infantil (UMI) o é. Estamos com grandes expectativas”, acrescenta a coordenadora.
Ana Cristina foi diretora da UMI por quase seis anos. A unidade, voltada para presas que acabam de ter filhos, foi uma das quatro no país consideradas “modelos de boas práticas no atendimento à mulher” pelo Conselho Nacional de Justiça.