“O trabalho para implementar as recomendações vai começar imediatamente”, diz a nota. A previsão é que o grupo criado para implementar as medidas termine o trabalho até maio de 2021.
As principais medidas que serão colocadas em vigor são:
- Aumentar a inclusão LGBTQI+
- Melhorar a prática e a orientação para professores
- Oferecer capacitação profissional para os professores atuais e futuros
- Monitorar e fazer inspeções escolares para verificar a inclusão LGBTQI+
- Registrar casos de bullying LGBTQI+ nas escolas
- Inclusão LGBTQI+ prevista no currículo
Em um anúncio feito ao parlamento, John Swinney, o vice-primeiro-ministro da Escócia, afirmou que, com a implantação do programa, a Escócia se tornará o primeiro país do mundo com um currículo escolar obrigatório que contemple aulas sobre a igualdade e a inclusão de pessoas LGBTQI+ em todas as escolas.
Nosso sistema educacional deve apoiar todas as pessoas a alcançarem seu potencial máximo. Por isso é vital que o currículo escolar seja tão diverso quanto as pessoas jovens que aprendem em nossas escolas. — John Swinney, vice-primeiro-ministro da Escócia
As aulas serão agrupadas em diversos temas e oferecidas para alunos de diferentes idades e em várias disciplinas.
Entre os assuntos estão o ensino das terminologias usadas para indicar as identidades LGBTI, da história dos movimentos de ativismo LGBTI e do combate à homofobia, bifobia e transfobia, que são, respectivamente, o ódio, preconceito e discriminação contra homossexuais, bissexuais e transexuais.
Na nota, Jordan Daly, co-fundador da Campanha TIE (Time for Inclusive Education, ou “hora da educação inclusiva”, afirmou que a campanha para conseguir a mudança na Escócia levou três anos e que “essa é uma vitória monumental” e um “momento histórico” para o país.
“A implementação da educação inclusiva para LGBTI em todas as escolas públicas é a primeira no mundo e, em um tempo de incerteza global, isso envia uma mensagem forte e clara às pessoas jovens LGBTI de que elas são valorizadas aqui na Escócia.” — Jordan Daly, co-fundador da Campanha TIE (Time for Inclusive Education)