Para a família da vítima, Plínio Henrique de Almeida Lima foi vítima de homofobia. A Polícia Civil investiga o caso.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil no 78º Distrito Policial (DP), Jardins. A delegacia busca câmeras de segurança que possam auxiliar na identificação de suspeitos do crime.
Segundo parentes de Plínio contaram neste sábado (22), o cabeleireiro e o marido dele voltavam do Parque do Ibirapuera com mais um casal de amigos também gays.
“Ele era negro, do candomblé e gay”, disse Felipe Almeida Lima, de 32 anos, sobre o irmão Plínio. “Estava feliz porque tinha se casado recentemente no cartório com o marido e planejavam adotar uma criança.”
O crime
Segundo o registro policial, os quatro amigos estavam caminhando quando foram ofendidos por outros dois homens, no cruzamento das avenidas Brigadeiro Luís Antonio e Paulista.
O registro policial, no entanto, não informa quais ofensas foram feitas pela dupla ao grupo. Apesar disso, familiares de Plínio relatam que “as ofensas foram homofóbicas”.
“Agora não sei dizer exatamente quais são, porque não voltei a falar com meu cunhado, mas ele me contou que os ofenderam porque estavam de mãos dadas”, disse Felipe.
Mas, segundo o boletim de ocorrência, consta que um dos amigos de Plínio se irritou e discutiu com os rapazes, agredindo um deles.
Ainda segundo a polícia, na confusão, o rapaz que foi agredido pegou uma faca e agrediu Plínio no peito. Em seguida, o agressor e o comparsa fugiram, segundo informou a comunicação da Polícia Militar (PM).
O cabeleireiro foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas, onde não resistiu ao ferimento e morreu. Familiares aguardam a liberação do corpo para enterrá-lo em Cajamar, na Grande São Paulo.
Além de trabalhar em casa como cabeleireiro, Plínio complementava a renda fazendo serviços como auxiliar de cozinha e garçom em restaurantes.