Um vídeo gravado por pessoas que passavam pelo local no momento da agressão mostra o suspeito jogando a pedra no rosto da menina. Em seguida, ele tenta jogar outra, mas desiste após outro homem se aproximar.
A vítima disse que estava passando próximo ao pátio da rodoviária quando ele começou a assediá-la.
“Depois ele se aproximou de mim e ficou me agredindo verbalmente e, em seguida, jogou a pedra”, contou.
A adolescente conta que já sofreu assédio várias vezes. No entanto, nunca foi agredida fisicamente.
Ela registrou um boletim de ocorrência nesta sexta-feira (18), mas o suspeito não foi identificado até agora.
“É algo que acontece muito e a gente não pode deixar isso passar, é um absurdo”, pontuou.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Tales Passos, avaliou que é necessário o estado tomar medidas, como investir na educação e leis mais rígidas, para que essas situações sejam evitadas.“A cada 19 horas morre um homossexual vítima de violência. O Brasil está em um nível internacional na lista dos países que mais se mata homossexual”, afirmou.
Aumento de casos
Os homicídios de vítimas LGBT aumentaram em 66% entre 2016 para 2018, em Mato Grosso. Quinze pessoas foram assassinadas vítimas de LGBTfobia no estado, de acordo com dados do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).
As mortes motivadas por LGBTfobia foram de sete, em 2016, para 14, no ano seguinte. Em 2018 foram 15. Já em 2011, os casos eram nove, seis em 2013 e 10 em 2014. O ano de 2015 registrou sete homicídios por motivação LGBTfóbica em Mato Grosso.