‘Jardineiro assassino’ é condenado à prisão perpétua por matar oito gays
Bruce McArthur, de 67 anos, ocultou restos mortais em suportes de vasos na propriedade de um dos seus clientes. Ele só poderá solicitar liberdade condicional quando tiver 91 anos.
O juiz encarregado do caso, John McMahon, tinha que decidir se McArthur, de 67 anos, poderia solicitar liberdade condicional em 25 anos ou em 50, como pedia a Promotoria.
As leis canadenses estipulam que o assassinato em primeiro grau representa automaticamente uma condenação à prisão perpétua sem a possibilidade de solicitar liberdade condicional em 25 anos.
Dado que McArthur se declarou culpado de oito assassinatos em primeiro grau no último dia 29 de janeiro, a questão que tinha que o juiz decidir era se aplicava as oito penas de forma consecutiva ou simultânea.
McMahon explicou que McArthur terá 91 anos quando puder solicitar liberdade condicional, por isso é pouco provável que consiga sair da prisão.
O assassino, um jardineiro de profissão, matou oito gays de Toronto e ocultou os restos mortais das vítimas em suportes de vasos de grandes dimensões que armazenava na propriedade de um dos seus clientes.
A comunidade LGBTQI+ de Toronto criticou duramente a polícia da cidade, que durante anos negou a existência de um assassino em série que estava atacando gays.
O chefe de Polícia de Toronto, Mark Saunders, inclusive negou que McArthur fosse um assassino em série responsável pelos desaparecimentos no mesmo dia em que o jardineiro foi detido.
Ativistas LGBTQI+ denunciaram que a polícia só começou a investigar o caso a sério quando desapareceu Andrew Kinsman, de 49 anos, o único assassinado de raça branca.
As outras sete vítimas são de origem asiática e do Oriente Médio: Selim Esen, de 44 anos; Majeed Kayhan, de 58; Soroush Mahmudi, de 50; Dean Lisowick, de 47; Skandaraj Navaratnam, de 40; Abdulbasir Faizi, de 42, e Kirushnakumar Kanagaratnam, de 37.
A polícia ignorou McArthur inicialmente, apesar de o jardineiro ter sido condenado em 2001 por atacar a um garoto de programa com uma barra de metal.
Nesta sexta, os porta-vozes da polícia disseram que continuarão analisando casos sem resolução de pessoas desaparecidas nas últimas décadas para verificar se existe algum vínculo com McArthur.