E olha que a série tinha pedigree. A atração jurídica foi criada por Tony Phelan e Joan Rater, dupla indicada duas vezes por Grey’s Anatomy (2006 e 2007) na categoria melhor drama. Eles elaboraram a trama que acompanhava Sadie Ellis (Katherine), uma advogada de uma firma de ponta em Nova York que se apaixonou por um cliente, cirurgião acusado de matar uma ex-namorada 26 anos atrás.
Indicada ao Emmy em 2014 e 2017, Laverne aparece em Doubt na pele de Cameron “Cam” Wirth, uma mulher transexual que advoga pelos direitos de minorias. Ela é colega de trabalho de Sadie. O elenco tinha ainda Dreama Walker (Gossip Girl), Dulé Hill (Psych), Elliot Gould (Friends) e Steven Pasquale (Bloodline).
A CBS tomou a decisão incomum de cancelar Doubt logo de cara devido ao péssimo desempenho da série junto ao público. Além disso, a atração foi detonada ao apresentar uma história mal desenvolvida, sem apelo.
Na estreia, a série foi vista por 5,31 milhões de americanos e ficou na vice-liderança na faixa (às 22h), atrás de Chicago P.D. (NBC). Já o segundo episódio teve um público de 4 milhões de telespectadores e foi apenas o 11º programa mais visto de todo o horário nobre na noite de 22 de fevereiro de 2017.
A interrupção precoce de Doubt chamou ainda mais a atenção porque as TVs dos EUA mudaram sua postura com cancelamentos nos últimos anos. Quando uma rede se depara com um fracasso desse nível, ela costuma exibir pelo menos 13 episódios da série, o padrão de uma encomenda inicial, para ter bagagem para vendê-la ao mercado internacional ou plataformas de streaming.Dentro desse contexto, a CBS optou por colocar no ar os 11 episódios restantes de Doubt cinco meses depois do cancelamento, em julho, fora da temporada oficial. Para completar, a desova ocorreu nas noites de sábado, dia em que a TV não exibe séries de ficção. Dois anos depois, a atração chega ao Brasil.