O Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT (CNCD/LGBT) está ameaçado e pode acabar em 28 de junho. O fim CNCD/LGBT faz parte do pacote de revogações que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou na quarta-feira, 10 de abril, quando seu governo completou 100 dias.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), por meio do Decreto 9.759 determinou o fim de mais de 700 outros conselhos, comitês, comissões ou quaisquer outros nomes dados a colegiados ligados ao governo federal.
Primeiramente chamado de Conselho Nacional da Discriminação, o órgão foi criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2001.
Nos anos seguintes, vários segmentos ganharam seus próprios conselhos. Em 2010, durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, o conselho passou a ser específico para a população LGBT.
No decreto publicado na quinta, Bolsonaro estipula novas normas para a criação dos próximos colegiados. Viagens estarão vetadas, por exemplo, já que o documento determina que reuniões, se os membros do conselho morarem em Estados diferentes, devem ser realizadas por videoconferência.
O decreto também impõe várias justificativas caso o conselho precise ter mais de sete membros e duração de apenas um ano, dentre outras exigências.
Questionadas pelo Gay1 sobre a decisão que elimina o CNCD/LGBT, Damares Alves, Ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ainda não se pronunciou.