Cerca de 250 mil pessoas se reuniam na Praça da Estação, no centro, neste domingo (14), para participar da 22ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte.
Com o tema “Não aos retrocessos. Revivendo Stonewall!”, esta edição relembra os 50 anos do enfrentamento da comunidade LGBT à ação repressora da polícia no Stonewall Bar, em Nova York.
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) esteve presente no palanque.
“Todo governante tem que ter em mente três palavras, três conceitos. Primeiro, ‘não sei. Segundo, ‘olha pra pessoa ao lado e diz que a ama’. Terceiro, ‘foda-se'”.
“Ainda somos uma população muito vulnerável, que sofre muita violência”, pontuou um dos fundadores do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), Carlos Magno, lembrando que, entre janeiro e 15 de maio, o Brasil registrou 141 mortes de pessoas LGBT, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Com diversas atrações artísticas, a Parada se concentra na Praça da Estação e o cortejo seguirá até a Praça Raul Soares. Ainda na Praça da Estação, a prefeitura e a organização confirmaram 250 mil pessoas no evento.
A 22ª Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte, de acordo com a organização, quer reforçar que direitos conquistados pelo movimento nas últimas décadas, fruto da ação coletiva, não irão retroceder.
“Não é possível mais ignorar uma comunidade, uma diversidade tão grande”, disse Azilton Viana, presidente do Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG).
26 pessoas presas
Onze colombianos e outras 15 pessoas foram detidas entre a tarde e início da noite desse domingo (14) por furto a participantes da Parada. Foram apreendidos ao menos 170 celulares e dinheiro, furtados das vítimas.
De acordo com o tenente Wesley Martins, da 6ª Companhia de Polícia do 1º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, foram abertas três ocorrências de destaque durante o evento e a primeira delas levou os militares a dois grupos distintos: o dos colombianos e outro de homens vindos do Rio de Janeiro para praticar os crimes.