Cerca de um ano após se dizer queer, Brigette Lundy-Paine, 25, que interpreta a personagem Casey Gardner na série original da Netflix, “Atypical”, usou seu perfil no Instagram pra fazer outro anúncio inspirador: ela revelou ser não-binária.
“Sou não-binária, sempre me senti um garotinho, uma garotinha, um pouco ou nenhum dos dois. Usando ‘eles’ por tanto tempo não parece certo. É assustador pra c****** se assumir e não apenas ficar adiando isso. Mas sinto que devo isso a mim e a todos nós que lutamos com gênero. Se você é não-binário, comente e comemore a si mesmo! Você é linda e plena. Obrigado, pessoal”, escreveu Brigette.
Companheiros do elenco de “Atypical”, como Nik Dodani (Zahid) e Amy Okuda (Julia Sasaki), se juntaram aos seguidores de Brigette para celebrar seu post. “Você é o ser humano mais incrível que conheço. Meu Deus, amo você”, escreveu Dodani. Já Okuda apenas disse: “Amo muito você”.
Não-binário
Antes de entender o que é ser uma pessoa não-binária, vale destacar algumas definições e suas diferenças. Por exemplo, diferenciar identidade de gênero, que é a forma que a pessoa se entende como indivíduo social; com expressão de gênero, que diz respeito a como cada indivíduo se expressa no mundo (roupas, linguajar, voz, estilo, comportamento), características socialmente associadas ao universo feminino ou masculino.
Também é importante entender as diferenças entre sexualidade, que está relacionada à genética binária em que a pessoa nasceu, masculino, feminino e intersexual; e orientação sexual, como se caracteriza o desejo sexual predominante de uma pessoa, que pode ser por pessoa de gênero diferente, igual ou de mais de um gênero.
Não-binário é o termo associado a pessoas cuja identidade ou expressão de gênero não se limita às categorias “masculino” ou “feminino”. Algumas pessoas não-binárias podem sentir que seu gênero está em algum lugar entre homem e mulher, ou podem definir seu gênero de maneira totalmente diferente, não sendo sinônimo de travesti ou transexual. Uma pessoa não-binária pode se apresentar como “queer”, como fez Brigette Lundy-Paine no ano passado, ou declarar que tem identidade de gênero “não-conformista”.