Música

Confira essa lista de cantoras trans e negras para ouvir hoje e sempre

Aumente o som em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra.

Mulheres trans, negras e cantoras para incluir em suas playlists. (Foto: Reprodução/Divulgação/Arte Gay1)
Mulheres trans, negras e cantoras para incluir em suas playlists. (Foto: Reprodução/Divulgação/Arte Gay1)

Em celebração ao Dia Nacional da Consciência Negra, hoje, 20 de novembro, apresentamos uma lista com mulheres trans, negras e cantoras para incluir em suas playlists e nunca mais tirar. Confira:

Liniker

Liniker cresceu ouvindo samba, samba-rock e soul. (Foto: Getty Images)
Liniker cresceu ouvindo samba, samba-rock e soul. (Foto: Getty Images)

Natural de uma família de músicos, Liniker tem, pelo nome de batismo, uma homenagem ao futebolista inglês Gary Lineker, artilheiro da Copa do Mundo de 1986 e cresceu ouvindo samba, samba-rock e soul. Embora tenha mostrado talento vocal desde cedo, possuía certa timidez justamente por viver entre profissionais, e só começou a se arriscar a cantar depois de iniciar a carreira teatral, na adolescência.

Em 2015, formou a banda Liniker e os Caramelows, com quem lançou o EP Cru em 15 de outubro daquele ano, por meio do primeiro single, “Zero”. Os vídeos com a interpretação das canções do projeto ganharam milhões de visualizações rapidamente. Em 16 de setembro de 2016, a banda lança seu álbum de estreia, intitulado Remonta, gravado com ajuda dos fãs por meio do financiamento coletivo no Catarse. O disco reverberou internacionalmente e ganhou atenção da imprensa estrangeira.

Linn da Quebrada

Linn da Quebrada começou a despontar em 2016, com o lançamento dos singles Talento e Enviadescer. (Foto: Divulgação)
Linn da Quebrada começou a despontar em 2016, com o lançamento dos singles Talento e Enviadescer. (Foto: Divulgação)

Moradora da Zona Leste, uma das regiões mais marginalizadas de São Paulo, a artista começou a despontar em 2016, com o lançamento dos singles Talento e Enviadescer. No ano seguinte, teve o início de sua carreira retratado em Meu Corpo É Político, documentário de Alice Riff, e divulgou uma campanha de financiamento coletivo para lançar seu primeiro álbum, Pajubá, que saiu em outubro do mesmo ano.

Com o sucesso, realizou turnês internacionais, apresentou-se no Rock in Rio, estreou como atriz, ganhou seu próprio programa de entrevistas, o TransMissão, e passou a fazer parte do elenco de Segunda Chamada, série sobre educação da Rede Globo. Recentemente, enquanto se prepara para lançar um novo disco, Linn divulgou o clipe de Oração, single com a participação de Liniker Barros, da banda Liniker e os Caramelows, que conta com uma homenagem a mulheres trans.

Jup do Bairro

Após parceria com Linn da Quebrada, Jup do Bairro investe em carreira solo. (Foto: Jeferson Delgado/Instagram)
Após parceria com Linn da Quebrada, Jup do Bairro investe em carreira solo. (Foto: Jeferson Delgado/Instagram)

Quem acompanha Linn da Quebrada, já deve conhecer a companheira de longa data da cantora, Jup do Bairro. Ela é a segunda voz de Pajubá, divide a apresentação do TransMissão com a colega e também está em Bixa Travesty. Além disso, Jup agora investe em uma carreira solo.

Está previsto para junho de 2020, o EP visual Corpo Sem Juízo, produzido a partir de financiamento coletivo. A primeira música, que intitula o EP, já foi disponibilizada e conta com falas da escritora Conceição Evaristo e da estudante de artes Matheusa Passareli, trans não-binária morta em abril de 2018.

MC Xuxu

MC Xuxu é representante do funk no cenário musical trans. (Foto: Reprodução/YouTube)
MC Xuxu é representante do funk no cenário musical trans. (Foto: Reprodução/YouTube)

“As gay, as bi, as trans e as sapatão, o clã tá formado pra fazer revolução”, canta MC Xuxu em O Clã, um de seus primeiros trabalhos, lançado em 2017. A artista de Juiz de Fora é uma mulher trans, negra e periférica e faz questão de falar disso em suas músicas. Em seu primeiro álbum, Senzala, ela também fala sobre independência, desapego e traz uma nova versão de O Clã, além de participações das artistas trans Danny Bond e Pepita.

Danna Lisboa

Danna Lisboa é cantora, compositora, atriz, dançarina e mãe de uma casa de vogue. (Foto: Reprodução/Instagram)
Danna Lisboa é cantora, compositora, atriz, dançarina e mãe de uma casa de vogue. (Foto: Reprodução/Instagram)

Além de cantora, Danna Lisboa é compositora, atriz, dançarina e mãe da Casa Besher, uma espécie de time que disputa as modalidades do vogue, dança estilizada performada em bailes gays de Nova York e popularizada na década de 1980 após o sucesso homônimo de Madonna.

A primeira música de trabalho de Danna foi Trinks, lançada em 2016, e, no ano seguinte, a artista lançou seu primeiro EP, Ideais, que inclui uma colaboração com a drag queen Gloria Groove em Quebradeira. Censura, último lançamento de Danna, fala sobre a marginalização de mulheres trans em relacionamentos amorosos.

Pepita

Pepita iniciou sua carreira como dançarina de funk. (Foto: Divulgação)
Pepita iniciou sua carreira como dançarina de funk. (Foto: Divulgação)

Priscila Nogueira, mais conhecida como Pepita, iniciou sua carreira como dançarina de funk. Enquanto apresentava-se em boates cariocas, a cantora foi presenteada com a música “Tô à Procura de um Homem” por um amigo, e imediatamente lançou-se na carreira musical. Seu primeiro show foi na cidade de São Paulo.

Em 2014, um vídeo da artista dançando vazou na internet, sem o consentimento de Pepita. Com a viralização do vídeo, a artista alcançou rapidamente grande visibilidade e diversos novos fãs, tornando-se um meme de frequência na comunidade LGBT. O sucesso e a fama culminaram no lançamento do primeiro EP da artista, intitulado “Grandona pra Caralho”. Em 2017, a artista voltou aos holofotes com o lançamento da canção “Chifrudo”, parceria com a drag queen Lia Clark. Em janeiro, a artista também lançou um novo single, “Uma Vez Piranha”.

Mel

Ex-membro da Banda Uó, Mel agora se lança em carreira solo. (Foto: Reprodução/Instagram)
Ex-membro da Banda Uó, Mel agora se lança em carreira solo. (Foto: Reprodução/Instagram)

Você já deve conhecê-la como Candy Mel, a líder feminina da Banda Uó. No entanto, após o grupo de pop tecnobrega anunciar seu fim, em 2018, ela abandonou e agora investe em carreira solo apenas como Mel.

Seu primeiro projeto ainda está em desenvolvimento, mas a artista já divulgou dois vídeos que misturam poesia e música, intitulados Cabelo e O Medo. A cantora também participou da música Transbordar, do EP solo de Tchelo Gomez, membro do grupo de rap LGBTQIA+ Quebrada Queer.

Urias

Urias lançou seu primeiro single, Diaba, em 2019. (Foto: Reprodução/Instagram)
Urias lançou seu primeiro single, Diaba, em 2019. (Foto: Reprodução/Instagram)

Famosa após divulgar covers para as músicas Ice Princess, da rapper Azealia Banks, e Você Me Vira a Cabeça, de Alcione, Urias foi convidada por Pabllo Vittar a participar da música Ouro, presente no segundo álbum da drag queen, Não Para Não, e, em 2019, lançou Diaba, seu primeiro single original que já conta com 4 milhões de visualizações no YouTube e concorre em três categorias do m-v-f- awards 2019, premiação especializada em videoclipes, além de seu primeiro EP, Urias.

Danny Bond

Do nordeste, Danny Bond mistura o funk e o tecnobrega em suas músicas. (Foto: Reprodução/Instagram)
Do nordeste, Danny Bond mistura o funk e o tecnobrega em suas músicas. (Foto: Reprodução/Instagram)

De Macéio, Alagoas, Danny Bond já está em cena há um tempo, sendo uma das principais representantes do movimento trans na música. Com um misto de funk e tecnobrega e um sotaque nordestino, a artista lançou seu primeiro álbum, Epica, em 2017.

Ela também participou de Missa, música presente em Senzala, disco de estreia de MC Xuxu, e, após sucessos como Tcheca, Eu Gosto é de Dar, com a drag queen Kaya Conky, e Loka de Pinga, com a também drag Kika Boom, Danny Bond lançou, em maio, o single Tiroteio da Trava.

Rosa Luz

Rosa Luz começou como youtuber antes de investir no rap. (Foto: Reprodução/Instagram)
Rosa Luz começou como youtuber antes de investir no rap. (Foto: Reprodução/Instagram)

De Brasília, Rosa Luz tem 23 anos e começou no YouTube, com o canal Barraco da Rosa, antes de lançar seu primeiro álbum, Rosa Maria Codinome Rosa Luz. Na sua carreira, tanto como youtuber quanto rapper, Rosa Luz traz a sua experiência como uma mulher trans, negra e de periferia e, na música, cria suas melodias em cima de ritmos de origem africana.

Além do EP, também lançou singles como Sanguinária e O Carnaval Que Elas Querem, gravou um disco ao vivo no Estúdio Showlivre e participou do documentário Chega de Fiu Fiu, produzido pela ONG feminista Think Olga, que retrata o assédio sofrido por mulheres e a resistência através da arte e do ativismo.

Monna Brutal

Monna Brutal lançou primeiro álbum em 2018 e está no EP Alegoria, de Gloria Groove, lançado no último dia 12. (Foto: Reprodução/Instagram)
Monna Brutal lançou primeiro álbum em 2018 e está no EP Alegoria, de Gloria Groove, lançado no último dia 12. (Foto: Reprodução/Instagram)

Monna Brutal também é uma representante do rap na comunidade trans. Da periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo, a artista é envolvida desde muito nova com o hip-hop e herda a facilidade em fazer versos das batalhas de rap que costumava participar. Ela mesma organizou, por dois anos, a Batalha da Aldeia, no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo.

Monna lançou seu primeiro álbum, 9/11, em outubro de 2018, e trata temas como transfobia e machismo na produção. Ela também participou da música Magenta Ca$h, presente no novo EP da drag queen Gloria Groove, Alegoria, lançado na última terça-feira (12).

Alice Guél

Alice Guél fala sobre pessoas transvestigeneres no seu trabalho. (Foto: Reprodução/YouTube)
Alice Guél fala sobre pessoas transvestigeneres no seu trabalho. (Foto: Reprodução/YouTube)

A obra de Alice Guél trata, majoritariamente, do papel de pessoas transvestigeneres, termo que utiliza para se referir a identidade de gênero de travestis, pessoas trans e não-binárias, na sociedade. Seu primeiro trabalho foi Alice no país que mais mata travestis, lançado em 2017, e trouxe uma de suas músicas mais emblemáticas, Deus É Travesti.

Em breve, a cantora deve lançar um novo trabalho pelo selo musical Trava Bizness, primeira gravadora focada em artistas transsexuais do mundo. O primeiro resultado da parceria foi a música Dancarê, lançada em abril deste ano.

MC Dellacroix

MC Dellacroix lançou primeiro álbum, #Dlcrx, em 2019. (Foto: Reprodução/Instagram)
MC Dellacroix lançou primeiro álbum, #Dlcrx, em 2019. (Foto: Reprodução/Instagram)

MC Dellacroix é de Campinas e usa do rap para falar sobre transfobia, racismo, religião, exclusão social, entre outros assuntos. Seu primeiro single foi QUEBRada, lançado em 2017, e, neste ano, a rapper lançou seu primeiro álbum, #Dlcrx, que deve ganhar uma segunda parte no futuro.

Além da música, ela também investe na Casa Chama, uma associação cultural e de cuidados a pessoas LGBTQIA+ de São Paulo, da qual é co-fundadora e produtora artística.

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