Bahia

Prefeitura de BH divulga orientações contra LGBTfobia e racismo no Carnaval

Nota lembra que algumas marchinhas tem letras ofensivas, por mais que sejam clássicos do carnaval.

Neste ano, o carnaval de rua de Belo Horizonte espera receber 4,5 milhões de foliões. (Foto: Reprodução)
Neste ano, o carnaval de rua de Belo Horizonte espera receber 4,5 milhões de foliões. (Foto: Reprodução)

A prefeitura de Belo Horizonte publicou na última quinta-feira, 13, no Diário Oficial, orientações para evitar práticas LGBTfóbicas e também racismo e sexismo.

No texto, intitulado “Nota de orientação para práticas não racistas no Carnaval”, o Conselho Municipal de Igualdade Racial alerta que é racismo usar peruca black power ou pintar a cara de tinta preta — prática conhecida como black face —, assim como é sexismo usar fantasia de enfermeira sexy e LGBTfobia um homem se vestir de mulher.

“Já reparou que é só nesta época do ano que a maioria das pessoas se lembra de indígenas, ciganos, povos tradicionais de matriz africana? Que tal ao invés de levar fantasias estereotipadas pra rua, começarmos a olhar para tais grupos como sujeitos que reiteradamente têm seus direitos violados e que precisam de apoio na luta antirracista?”, sugere o Conselho. “Fazer piada da história e sofrimento de alguém não tem a menor graça, não é mesmo?”.

A nota lembra, ainda, que algumas marchinhas, por mais que sejam clássicos do Carnaval, têm letras ofensivas e “perpetuam o racismo velado”.

Entre as fantasias que o Conselho recomendou serem deixadas de lado estão de empregada doméstica ou enfermeira sexy, já que “concebem a mulher negra como objeto sexual”, ornamentos indígenas e homem vestido de mulher — prática conhecida como trans-fake.

“Além de ser machista e desrespeitoso com as mulheres, essa ‘moda’ é preconceituosa contra as pessoas trans e apenas reforça os estereótipos de gênero e relações de poder”, alerta o texto.

Neste ano, o carnaval de rua de Belo Horizonte espera receber 4,5 milhões de foliões.

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