O Grupo Boticário acaba de anunciar que estenderá a licença parental de quatro meses para todos os 12 mil colaboradores da empresa a partir do segundo semestre. O benefício também abrangerá casais do mesmo sexo, homens e pais de filhos não-consanguíneos, além das mulheres, que já têm a licença de até 180 dias.
“Acreditamos que uma licença mais equânime é caminho certo. Ela é a nossa contribuição para ajudar a romper as barreiras e os estigmas de gênero, transformando o olhar da sociedade. É também uma contribuição importante para a relação de afeto que se estabelece na chegada de um filho. Como empresa, entendemos que todos têm a direito à mesma quantidade de tempo para criar esses laços independente de seu modelo familiar”, afirma Artur Grynbaum, vice-presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário.
Até então, a empresa oferecia aos colaboradores que se tornavam pais 20 dias de licença paternidade – a lei prevê cinco. Com o novo passo, Grynbaum diz que o grupo pretende abordar a parentalidade de forma mais equânime e ajudar a reforçar o caráter de corresponsabilidade na formação das famílias.
O novo projeto foi desenvolvido pelos próprios colaboradores da empresa, que fazem parte da iniciativa Lado a Lado, grupo de afinidade de equidade de gênero, com profissionais voluntários de várias áreas do grupo direcionado pela equipe de Diversidade, Inclusão e Equidade em conjunto com o time de Pessoas.
De acordo com a empresa, a extensão da licença parental é mais um passo do Grupo Boticário para se tornar um ambiente mais diverso e equânime. As metas do grupo preveem, ainda, ter 50% de colaboradores negros até 2023, sendo 25% das lideranças corporativas e 50% de mulheres na diretoria até 2025.
A licença parental estendida para pais tem se tornado popular em empresas de diversos portes, como Google, Loft e Diageo. Apesar disso, estima-se que apenas 1% ofereçam o benefício atualmente.