Morre em Natal, aos 26 anos, a influenciadora trans Flávia Big Big

Flávia se tornou famosa pelos seus vídeos engraçados nas redes sociais.

Flávia Big Big. (Foto: Reprodução/Instagram)
Flávia Big Big. (Foto: Reprodução/Instagram)

Morreu nesta segunda-feira (8) a influenciadora trans Flávia Big Big. Conhecida nacionalmente por seus memes e conteúdos nas redes sociais, ela tinha 26 anos e estava internada desde fevereiro em Natal (RN). A informação foi confirmada pela auxiliar de serviços gerais Fabíola Gomes, de 31, irmã de Flávia. “Ela faleceu nessa madrugada, não tenho condições de falar”, disse Fabíola, chorando muito, e sem conseguir explicar a causa da morte.

Diagnóstico de câncer

Flávia Big Big anunciou em suas redes sociais, no dia 5 de março, que recebeu o diagnóstico de câncer. Na ocasião, ela contou que também havia sido diagnosticada com anemia e problemas pulmonares. Desde então, a influencer — que é de Natal (RN) — passou por várias complicações e precisou ser submetida a uma drenagem do pericárdio, no dia 11 de abril, no Hospital Universitário Onofre Lopes.

Segundo a irmã, inicialmente, Flávia estava internada no Hospital Giselda Trigueiro (HGT). “Ela estava tratando a anemia, mas precisou ser transferida para o Hospital Universitário Onofre Lopes para fazer o procedimento cirúrgico no coração, para retirar o líquido que ela ficou no pericárdio. A cirurgia ocorreu no dia 11 de abril, à tarde. Ela estava bem, acordada e entrou com medo para fazer o procedimento”, contou.

De acordo com Fabíola, os primeiros dias após a cirurgia foram tensos. “O primeiro dia foi assustador. [Os médicos] Disseram que ela sairia acordada, mas ela saiu intubada. Eu, minha mãe, o Handson Silva [influencer] estávamos esperando e os médicos disseram que ela não estava reagindo bem, mas, no dia seguinte [12 de abril], ela foi extubada. Ela conversou. Perguntei: ‘está sentindo dor, está melhor?’ Ela disse que estava sentindo dor no dreno”, lembrou.

No dia 13, Flávia permaneceu acordada. “Ela estava com dores, mas começou a forçar a respiração. Quando chegou no dia 14, foi minha vez de visitar e ela estava intubada de novo. De lá para cá, faz dez dias que minha irmã está intubada. E cada dia é uma novidade. Teve dia de os médicos não darem mais esperança, chegaram a falar para meus pais irem se despedir. Na visita de hoje, disseram que ela não está mais com a tuberculose no pericárdio”, explicou.

Segundo Fabíola, a irmã era hipertensa. “Ela só tinha problema de pressão alta [antes da descoberta do câncer]. E, quando criança, já foi internada com uma bactéria no rim, aos 10 anos. Ela tomava remédio para a pressão, captopril. Flávia que sustentava minha mãe e meu pai. Todo mundo está abalado. Mas do mesmo jeito que tem muita gente ajudando com palavras e orações, também tem muita gente que nos ataca porque não estamos postando nada. Querem que a gente fique 24 horas postando sobre o estado dela? A gente sofre com isso. Não vou mexer nas coisas privadas dela. Ela pediu: ‘não deixa ninguém mexer'”, recordou.

Fabíola contou que a família é muito religiosa e acreditava na cura de Flávia. “A gente tem muita fé, somos cristãos. Com fé em Deus tudo vai dar certo. Painho chora direto, mãe também está mal. Minha irmã está na UTI, onde não entra ninguém além dos médicos, a família ou os que têm autorização da gente. A última atualização, que tive na visita de hoje, é que ela não está mais com tuberculose no pericárdio, está reagindo aos poucos e daqui para a próxima semana vão tentar acordar ela. Caso ela não reaja, vão fazer uma traqueostomia. Vão tentar deixar ela acordada e ela vai ver a gente”, disse.

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