Distrito Federal

Após 4 anos, Jean Wyllys volta ao Brasil e é recebido por ativistas e políticos

Ex-deputado deixou o Brasil em 2019, devido a ameaças de morte após o assassinato da vereadora Marielle Franco.

Jean Wyllys é recebido por ativistas e políticos em Brasília. (Foto: Reprodução/Instagram)
Jean Wyllys é recebido por ativistas e políticos em Brasília. (Foto: Reprodução/Instagram)

O ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) voltou ao Brasil, na última sexta-feira (30), quatro anos após deixar o país e desistir do terceiro mandato na Câmara dos Deputados em meio a ameaças de morte.

O retorno aconteceu no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE).

Vencedor do reality show Big Brother Brasil 2005, Jean Wyllys participou neste domingo (2/7) de ato com lideranças do Partido dos Trabalhadores, com a presidente nacional Gleise Hoffmann, e o deputado federal Lindbergh Farias no palanque, no Eixão, na Asa Norte, em Brasília.

Jean Wyllys é recebido por ativistas e políticos em Brasília. (Foto: Reprodução/Instagram)
Jean Wyllys é recebido por ativistas e políticos em Brasília. (Foto: Reprodução/Instagram)

Wyllys, que após deixar o Brasil foi fazer doutorado em Barcelona, postou mensagem em espanhol com uma foto diante do Palácio do Planalto, em Brasília, colorido pelas cores do arco-íris, em virtude da celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBT, no dia 28.

“Cores vivas: meu Brasil não é só verde-amarelo!”, escreveu. O ex-BBB decidiu sair do país em 2019, no primeiro mês do governo Jair Bolsonaro (PL).

Eleito com quase 25 mil votos, Wyllys afirmou que havia tomado a decisão de deixar a vida pública em razão da intensificação de ameaças de morte de apoiadores de Bolsonaro, em especial após o assassinato da então vereadora Marielle Franco (Psol).

A partir da morte da colega de partido, ele passou a andar com escolta policial.

A decisão de morar no exterior, segundo ele, foi por conta das ameaças que vinha recebendo pelas redes sociais, no telefone do gabinete em Brasília e em seu e-mail pessoal. Os textos chegaram a levar a Polícia Federal a abrir cinco investigações.

Wyllys fez oposição intensa ao então presidente eleito e chegou a cuspir nele, em 2016, após discussão durante a votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo