O 1º Mutirão de Alistamento Militar promovido pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) para Homens Trans e Pessoas Transmasculinas promoveu 30 atendimentos nessa segunda-feira (29/1), Dia Nacional da Visibilidade Trans. A atividade ocorreu por meio da Junta do Serviço Militar da Administração Regional do Plano Piloto.
Em 2023, mais de 300 pessoas conquistaram o reconhecimento de documentos e certidões com requalificação por meio de audiências realizadas pelo Núcleo de Assistência Jurídica de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da DPDF (NDH/DPDF), em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Um dos primeiros brasilienses a participar do mutirão, o educador social Heittor Neves, 21 anos, comentou sobre a experiência. “É [ação é de] uma sensibilidade muito boa para nós, trans, porque a gente se sente mais confortável no meio, com outras pessoas que também são trans”, comentou o jovem, que não tem interesse de seguir na carreira militar.
Para o cantor e compositor Lohan Pyetro, 26, a iniciativa tem grande relevância para permitir que homens trans se sintam acolhidos e não sejam constrangidos. “É um privilégio fazer parte da geração que tem essa oportunidade. É muito importante esse envolvimento para nosso meio, pois nos abre vários horizontes e novas oportunidades”, elogiou.
Para o defensor público e chefe do NDH/DPDF, Ronan Figueiredo, o mutirão foi crucial para garantir a inclusão e o reconhecimento de identidade de gênero de pessoas trans.
“A iniciativa promove a equidade, respeitando a diversidade e contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. O Mutirão de Alistamento Militar para Homens Trans e Pessoas Transmasculinas tem como intuito assegurar o respeito à identidade de gênero de cada indivíduo”, salientou Ronan.