Abrigo para pessoas LGBTQIA+ é aberto no RS após casos de discriminação
Segundo organizador, parte das pessoas vindas de outras casas de acolhimento relatam ter sofrido preconceito nos locais. Abrigo acolhe 40 pessoas que perderam tudo nas enchentes.
A necessidade de um lugar seguro e acolhedor para pessoas LGBTQIA+ vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul motivou a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas do estado (ABRAFH-RS) à fundar o Abrigo Renascer. Localizado em Porto Alegre (RS), a casa foi aberta em 4 de maio e conta com 40 acolhidos.
Mais que um local temporário, o abrigo Renascer é também um espaço de aceitação, onde pessoas que perderam tudo não precisam conviver com o preconceito presente em alguns lares temporários. Segundo Dani Morethson, vereador suplente pelo PSDB e presidente da ABRAFH-RS, todos os indivíduos que vieram de outros abrigos relataram ter sofrido alguma violação de direitos.
Além de pessoas da comunidade LGBTQIA+, o local abriga pessoas idosas e duas famílias cis heterossexuais. “A gente está se transformando em uma grande família”, afirma Dani. Algumas famílias trouxeram ainda seus animais de estimação.
Com o sucesso do trabalho, o Abrigo Renascer começou a receber demandas também da prefeitura da capital, de outros abrigos e do SOS Enchentes. Atualmente, a casa abriga 40 pessoas e tem capacidade para mais cinco. De acordo com o ativista, seriam necessários mais colchões para aumentar a capacidade de pessoas.
Para ajudar o abrigo, interessados podem doar qualquer valor pelo PIX pela chave 23.420.475/0001-32, CNPJ da ABRAFH.