Mats Grambusch, capitão do time masculino de hóquei da Alemanha, tem usado uma braçadeira arco-íris para mostrar sua solidariedade com a comunidade LGBTQIA+. Essa prática, que ele manteve durante os Jogos Olímpicos de Paris, visa aumentar a visibilidade e o apoio a jogadores LGBTQIA+, um grupo que ainda enfrenta desafios significativos no esporte de alto desempenho.
Enquanto Grambusch e a Equipe Alemanha se preparam para disputar a medalha de ouro contra a Holanda nesta quinta-feira, o capitão continua a tradição iniciada há mais de três anos. “No hóquei, em alto desempenho, é sempre muito difícil sair e dizer: ‘Ei, eu sou gay'”, comentou Grambusch sobre sua motivação para usar a braçadeira antes da Copa do Mundo de Hóquei em Campo do ano passado.
Grambusch destacou a importância de criar um ambiente de apoio e aceitação no esporte: “Eu não conheço nenhum jogador masculino em qualquer nível que tenha saído como gay, mas quando você vê as estatísticas, na verdade pode haver. Às vezes, talvez algumas pessoas tenham que ter outras pessoas para defender algo e elas seguirão. Por que nós, como equipe e como pessoas, não podemos defender eles e facilitar a vida?”.
Com permissão da federação internacional de hóquei em campo e a flexibilização das regras do COI sobre exibições de uniformes, Grambusch tem orgulho de ostentar o arco-íris em Paris, dando um exemplo de inclusão e apoio.
Grambusch não é o único atleta a se vestir com as cores do arco-íris nos Jogos Olímpicos de Paris. A estrela australiana de rugby, Sharni Smale, também usou um chapéu de arco-íris durante o torneio, afirmando: “É aquela peça de visibilidade para mim e para a minha comunidade”.
Embora existam 195 atletas LGBTQIA+ oficialmente nos Jogos de Paris, certamente há muitos outros ainda no armário. Aliados como Grambusch e Smale mostram a importância de se posicionar e apoiar a visibilidade e inclusão, promovendo um ambiente mais acolhedor e seguro para todos os atletas.