Após a exoneração do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quinta-feira (5), organizações de defesa dos direitos LGBTQIA+ se mobilizaram para garantir a permanência de Symmy Larrat como Secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. A decisão de exonerar o ministro ocorreu em meio à divulgação de denúncias de assédio sexual contra ele, recebidas pela ONG Me Too Brasil, o que gerou apreensão quanto ao futuro da liderança LGBTQIA+ no ministério.
Symmy Larrat, reconhecida por sua trajetória como ativista comprometida com os direitos LGBTQIA+, desempenhou um papel crucial no avanço de políticas públicas inclusivas e na promoção de ações contra a violência LGBTQIA+fóbica durante seu mandato. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) destacaram em uma publicação conjunta a importância da continuidade de seu trabalho, especialmente diante do crescimento da ultradireita e da violência contra a comunidade LGBTQIA+ no Brasil e no mundo.
Com a nomeação da deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo, para assumir o comando do Ministério dos Direitos Humanos, as organizações temem que a mudança na liderança possa colocar em risco os avanços conquistados nos últimos anos. Em resposta, Antra e ABGLT disponibilizaram em suas redes sociais um manifesto em defesa da permanência de Symmy Larrat na secretaria.
O documento, intitulado “Manifesto pela Permanência de Symmy Larrat, a primeira Travesti Secretária Nacional LGBTQIA+”, está aberto para assinatura e visa reafirmar a importância da continuidade de sua atuação na defesa dos direitos e da cidadania plena das pessoas LGBTQIA+.
As assinaturas podem ser realizadas através dos links disponibilizados na bio dos perfis oficiais da Antra (@antra.oficial) e da ABGLT (@abglt.oficial) ou clique aqui.