Santa Catarina

Prefeito que demitiu professor gay por “não tolerar viadagem” é preso por corrupção

Clésio Salvaro, conhecido por polêmicas conservadoras, é alvo de investigação do Ministério Público.

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. (Foto: Reprodução)
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. (Foto: Reprodução)

Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, em Santa Catarina, foi preso na manhã da última terça-feira (3) em uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo Especial Anticorrupção (Geac). A ação cumpre dez mandados de prisão preventiva, incluindo o do prefeito, e investiga uma organização criminosa acusada de fraudes licitatórias, corrupção e crimes contra a ordem econômica relacionados à concessão de serviços funerários na cidade.

A denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina no dia 20 de agosto, aponta para o envolvimento de empresários e agentes públicos em um esquema de corrupção que impacta diretamente a gestão de serviços essenciais em Criciúma.

Clésio Salvaro, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, tornou-se figura controversa nos últimos anos por decisões alinhadas a uma agenda conservadora. Em 2023, ele proibiu um show da banda Planet Hemp em Criciúma, alegando que o espaço do evento era “destinado para receber pessoas e famílias de bem”. Já em 2021, demitiu um professor de artes por exibir em sala de aula o clipe da música “Etérea”, do cantor Criolo, por seu conteúdo LGBTQIA+. O caso gerou ampla repercussão e críticas à postura do prefeito, que reafirmou sua posição LGBTfóbica contrária ao que chamou de “viadagem” nas escolas públicas do município.

A operação desta terça-feira marca um novo capítulo na carreira política de Salvaro, que agora enfrenta sérias acusações de corrupção, colocando em xeque sua gestão à frente de Criciúma.

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