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Irmãos homossexuais celebram a união familiar na Parada LGBT do Rio

Carlos Augusto e Rodrigo Careta participam de todas as edições do evento.
Idosa de 78 anos também se diverte com os ‘saradões’ em Copacabana.

Parada LGBT do Rio (Foto: Renata Soares)Os irmãos Carlos Augusto e Rodrigo Careta
participam todo ano da Parada LGBT do Rio
(Foto: Renata Soares)

Os irmãos Carlos Augusto, de 31 anos, e Rodrigo Careta, 34, são homossexuais e fazem questão de participar de todas as edições da Parada LGBT do Rio de Janeiro. E não foi diferente nesta 16ª Parada do Orgulho LGBT, realizada neste domingo na Praia de Copacabana, na Zona Sul, com o tema “Somos todos iguais perante a paz – Toda forma de violência deve ser crime” – uma alusão ao artigo 5º da Constituição Federal, que diz que somos todos iguais perante a lei.

Eles contam que desde que se assumiram como homossexuais sempre tiveram todo o apoio da família e acham isso essencial para o combate ao preconceito. “Sempre fomos assumidos e nossos familiares sempre foram supertranquilos. Nunca sofremos nenhum tipo de preconceito dentro de casa. Temos até outros irmãos, mas todos são heterossexuais. Nossos pais aceitam numa boa mesmo. Eles são relax”, contou Rodrigo.

A dupla resolveu apostar num visual ao mesmo tempo básico e colorido para “abalar” durante o evento desta tarde. Para os irmãos, o que garante realmente o sucesso do visual são os cocares coloridos que eles usam e também a forma física de ambos. “Se você perceber estamos bem básicos com esta sunga preta. Mas o cocar é colorido e é claro que por isso a gente abafa, né?”, avaliou Carlos Augusto. “Já a nossa forma física conseguimos com muita musculação e uma alimentação bastante saudável. Temos que cuidar do corpo porque isso pra nós é muito importante”, completou.

Parada LGBT do Rio (Foto: Renata Soares)A aposentada Gloria Pimentel, de 78 anos, curte
os novos amigos na Parada LGBT em Copacabana
(Foto: Renata Soares)

Idosa se diverte com os ‘saradões’
Outro destaque da Parada LGBT é a aposentada Gloria Pimentel, de 78 anos. A idosa disse que adora o evento, mas que se diverte mesmo por causa dos homens sarados. “Isso aqui é muito divertido. Venho sempre. Sou viúva e adoro essa bagunça. Se me perguntarem, às vezes até finjo que sou lésbica. Mas é só diversão, porque prometi para o meu marido que nunca mais ia me relacionar com alguém”, contou com a idosa que gosta de ser chamada de Glorinha.

Celebração da união estável LGBT
Para o ativista Cláudio Nascimento, este ano a Parada LGBT do Rio tem um gosto especial, devido à conquista da união estável homoafetiva. “Estamos celebrando a conquista da união estável LGBT. Lutamos durante muito tempo para conseguirmos nosso espaço”, afirmou. “Foi muito difícil, mas as pessoas confiaram em nós e conseguimos consolidar essa ação que é tão importante para o povo brasileiro. Estou muito feliz e realizado. Nos tornamos um exemplo de coragem e determinação”, completou.

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