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Maioria apoia presença de LGBTs nas Forças Armadas, diz pesquisa do Ipea

Ipea aponta que 63,7% dos entrevistados apoiam participação; homens têm mais resistência.

Homens têm mais resistência (Foto: Gett Imagens)Homens têm mais resistência (Foto: Gett Imagens)

A participação de LGBTs nas Forças Armadas não é vista como um problema para mais da metade dos brasileiros, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo a pesquisa, 63,7% dos entrevistados são favoráveis ao ingresso de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Exército, Marinha e Aeronáutica.

A maior resistência é encontrada entre os homens. Além de estarem em menor número entre os que concordam com a ideia, eles são a maioria entre os entrevistados que discordam da participação de LGBTs nas Forças Armadas. Mais da metade (52%) dos que se dizem contrários vivem na Região Sul, enquanto 67,5% dos que concordam moram na Região Centro-Oeste.

A pesquisa aponta também que a maioria dos brasileiros (91,7%) ouvidos considera que as Forças Armadas devem ser empregadas no combate ao crime. Das 3.796 pessoas consultadas, 3.480 acreditam que Exército, Marinha e Aeronáutica devem colaborar com as polícias Militar e Civil, atuando também na segurança pública. Porém, quase metade desses entrevistados diz que o emprego dos militares deve ser constante, enquanto os demais defendem que isso ocorra apenas em algumas situações específicas.

O serviço militar deve continuar sendo obrigatório, para a maior parte dos entrevistados. Mas cerca de um terço (38,3%) dos entrevistados defendem que o jovem deveria poder escolher entre a opção militar ou um serviço civil, como a prestação de serviços comunitários e de apoio a populações carentes.

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