Foto: Reprodução/RBS TV
Carmem e Priscila vivem juntas há 10 anos.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB-SC) se manifestou contra o promotor Henrique Limongi após a decisão de proibir a união entre pessoas do mesmo sexo em Florianópolis. A Comissão da Diversidade Sexual do órgão estadual enviou um ofício à Corregedoria Geral do Ministério Público pedindo providências contra o magistrado.
O documento foi assinado pelo presidente da OAB-SC, Tullo Cavallazzi Filho, e por Ricardo de Souza Waick, presidente da Comissão da Diversidade Sexual. No ofício, o pedido é feito devido ao fato do promotor do Ministério Público Santa Catarina (MPSC) tratar o fato do casamento igualitário como uma distorção à Lei.
Na quinta-feira (22), um casal de lésbicas entrou na Justiça após o promotor cancelar um casamento, marcado para esta sexta-feira (23), em um cartório da capital. Na história exibida no Jornal do Almoço, a gerente de loja Carmem Abreu de Melo e a coordenadora de projetos Priscila Zanuzzo foram impedidas de casar depois da decisão de Limongi. “Isso me deixou bem triste. Nunca fui impedida de fazer nada e isso é muito importante pra gente”, contou Priscila.
Ainda em 2013, o mesmo promotor foi personagem de um outro caso semelhante. Leandro Aparecido Gomes e o companheiro tinham gastado cerca de R$ 10 mil com os preparativos quando um profissional do cartório ligou informando a decisão. Dias depois da exibição da reportagem no Jornal do Almoço, a Justiça autorizou a união.
A reportagem entrou em contato com o promotor Henrique Limongi para falar sobre a decisão de cancelar os dois casamentos, porém segundo a comunicação do Ministério Público de Santa Catarina, ele não irá se pronunciar sobre o assunto, pois no entendimento do magistrado a decisão é baseada na Lei.