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Jean Wyllys não fica em cima do muro e declara apoio a reeleição de Dilma Rousseff

Por Hernanny Queiroz

Foto: Reprodução/Facebook

O deputado federal Jean Wyllys durante a votação do primeiro turno.

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL), reeleito com dez vezes a mais de votos que em 2010, declarou, nesta quinta-feira (9), que vai apoiar a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das Eleições 2014. O anúncio foi feito por meio das redes sociais e em sua coluna no site Carta Capital.

“O muro não é meu lugar, definitivamente. Nunca gostei de muros, nem dos reais nem dos imaginários ou metafóricos. Por isso, aderindo à posição da direção nacional do PSOL, que declarou ‘Nenhum voto em Aécio’, eu declaro que, neste segundo turno das eleições, eu voto em Dilma e a apoio”, afirmou Jean Wyllys, após contato com a coordenação de campanha da presidenta para antecipar sua posição.

Na ligação, o deputado cobrou “compromisso claro” e a presidenta Dilma, após argumentar que pouco avançou na garantia de direitos humanos de minorias porque, no primeiro mandato, teve de levar em conta o equilíbrio de forças em sua base e priorizar as políticas sociais mais urgentes, garantiu avanços que Jean numerou em cinco pontos:

1. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para convencer sua base a criminalizar a homofobia em consonância com a defesa de um estado penal mínimo;

2. fazer todos os esforços que lhe cabem como presidenta para mobilizar sua base no Legislativo para legalizar algo que já é uma realidade jurídica: o casamento CIVIL igualitário (ela ressaltou, contudo, que vai tranquilizar os religiosos de que jamais fará qualquer ação no sentido de constranger igrejas a realizarem cerimônias de casamento; a presidenta deixou claro que seu compromisso é com a legalização do CASAMENTO CIVIL – aquele que pode ser dissolvido pelo divórcio – entre pessoas do mesmo sexo);

3. realizar maior investimento de recursos nas políticas de prevenção e tratamento das DSTs/Aids, levando em conta as populações mais vulneráveis à doença;

4. dar maior atenção às reivindicações dos povos indígenas, conciliando o atendimento a essas reivindicações com o desenvolvimento sustentável;

5. e implementar o Plano Nacional de Educação (PNE) de modo a assegurar a todos e todas uma educação inclusiva de qualidade, sem discriminações às pessoas com deficiências físicas e cognitivas, LGBTs e adeptos de religiões minoritárias, como as religiões de matriz africana.

Na sua postagem, Jean Wyllys termina afirmando que vota em Dilma e apoia sua reeleição por “causa desse compromisso” e garante ser “o primeiro a cobrar” caso ela não cumpra.

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