Papa Francisco abraça transexuais no Vaticano
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O grupo foi levado ao Pontífice pela associação beneficente Rabbunì, que atua na província de Reggio Emilia, no norte da Itália.
Durante uma celebração na praça São Pedro neste sábado (9), o papa Francisco abraçou cerca de 50 mulheres, incluindo transexuais, provenientes de 10 países e que viveram da prostituição e vítimas do tráfico de seres humanos.
Segundo o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, o abraço foi “significativo”. O grupo foi levado ao Pontífice pela associação beneficente Rabbunì, que atua na província de Reggio Emilia, no norte da Itália.
Ao periódico da Santa Sé, a organização disse que “até as mulheres forçadas a se prostituírem têm algo de belo para compartilhar e mostrar ao Papa”.
No início de 2015, Francisco já havia recebido o transexual espanhol Diego Neria Lejarraga e sua namorada. O encontro foi fruto de uma carta enviada por Lejarraga, que nasceu em um corpo que não correspondia a sua identidade de gênero e fez a cirurgia de readequação sexual aos 40 anos, reclamando que era tratado pelo líder da Igreja Católica em sua região, Extremadura, como “filha do diabo”.
Compreensão com LGBTs
O Papa Francisco pediu mais compreensão com relação às famílias não tradicionais no documento “A Alegria do Amor”, que foi divulgado nesta sexta-feira (8). Ele pediu aos sacerdotes de todo o mundo aceitar que aceitem pessoas LGBT, divorciados católicos e outras pessoas que vivem em situações que a igreja considera “irregulares”.
O texto “Amoris Laetitia” (em latim), que tem 256 páginas, traz as conclusões de dois sínodos (reuniões) sobre a crise da família, realizados em outubro de 2014 e outubro de 2015, e representa uma mudança uma vez que reconhece as numerosas razões pelas quais os casais, segundo o contexto social e cultural, decidem conviver.