Espanha vence Sérvia de virada e conquista 5º Grand Prix de Vôlei LGBT, em Manaus
Um dos mais apaixonantes esportes do país, o Vôlei, foi protagonista do Ginásio Poliesportivo do Amazonas (antiga Arena Amadeu Teixeira) ao celebrar a diversidade e dar um bloqueio na LGBTfobia, ao receber na noite deste sábado, dia 30, a final do 5º Grand Prix de Vôlei LGBT. Pela competição, que reuniu um público de mais de 800 pessoas, quem levou a melhor e levantou a taça foi a Espanha, ao vencer a Sérvia por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/23, 25/19 e 25/23.
“Desde 2011, realizamos a competição e esse ano foram 18 equipes participando. Foi um evento maravilhoso e estamos felizes. A edição cresce a cada ano, e em 2017 conseguimos fazer a final aqui no Ginásio Poliesportivo e com o público de quase mil pessoas. Estamos muito felizes com o resultado, afinal de contas este evento não só dissemina o esporte, como também é uma bandeira da classe, que luta diariamente por mais espaço, conquistas e respeito”, declarou o organizador da competição, Daniel Coelho, ao ressaltar o apoio dos familiares.
“Das quartas de final pra cá sentimos a participação dos familiares. A família se manifesta no apoio à causa. Foi marcante. Estamos dando um grande salto no que compete à luta pela diversidade”, completou.
‘Furiosas’ quebram Tabu
Depois de duas medalhas de prata, a Espanha começou o jogo parecendo que iria repetir a conquista de anos anteriores. A estreante Sérvia, que pela primeira vez chegava à final, não se intimidou e abusou do bloqueio, bem como da velocidade para fechar o primeiro set em 25 a 21. A derrota no set despertou as “furiosas”. Mais ligadas no jogo, as equipes fizeram um duelo intenso. No final, predominou a experiência espanhola que soube controlar o nervosismo para vencer os três sets restantes.
“Nosso conjunto foi predominante. Momento nenhum perdemos nossa cabeça e nosso conjunto foi o grande campeão. Tivemos algumas derrotas no campeonato e a cada derrota falávamos para nós mesmo que precisávamos melhorar. E agora conseguimos alcançar este título maravilhoso”, comentou o oposto Adriano Patrick, escolhido como o melhor atacante do campeonato.
Ex-jogador da fúria, um dos treinadores responsáveis pelo título espanhol, Emerson Oliveira, se emocionou com a primeira conquista da equipe.
“Faço parte da equipe desde 2012, fui duas vezes medalha de prata e por questões pessoais não tive como participar esse ano. Então, recebi o convite do dono do time para ajudar como treinador. E graças a Deus, a Espanha se torna campeã. Nosso time evoluiu cada vez mais e trabalhamos para ser campeões”, comentou Oliveira.
Reconhecimento
Pelo lado da Sérvia, a segunda colocação não frustrou o grupo na conquista da prata.
“Eu sempre prezo pela boa campanha. Ganhar todo mundo quer, o título é importante, mas também, temos que valorizar o adversário. Um grande adversário, excelente adversário. O título ficou em boas mãos, e o nosso grupo está satisfeito”, contou o atleta, Ronaldo Pedrosa.
Nigéria é bronze
Na decisão do terceiro lugar, a Nigéria não encontrou qualquer dificuldade para vencer a África do Sul, no encontro das equipes do Continente Africano. Sempre a frente do placar, o time nigeriano venceu por 3 sets a 1, parciais 25/20, 25/21 e 25/15, e ficou com o terceiro lugar.
A competição recebeu, durante toda a temporada, apoio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
Destaques da competição:
Melhor técnico – João da Espanha
Melhor jogador – Cindy da Sérvia
Melhor saque – Lelê da França
Melhor recepção – Breno da Nigéria
Melhor levantamento – Danizinha da Espanha
Melhor ataque – Patrick da Espanha
Melhor bloqueio – Kaio da Sérvia
Melhor defesa – Eli da Rep. Dominicana
A mais louca – Abelha do Catar