Um ativista LGBT foi detido em Moscou, na manhã desta quinta-feira, após realizar um protesto em uma praça da capital russa. O britânico Peter Tatchell foi levado por agentes russos a horas da abertura do Mundial.
Segundo a rede “Sky Sports”, Tatchell foi detido pelo que a polícia da Rússia considerou ser um protesto ilegal. Sozinho, o britânico tentava chamar a atenção para abusos contra os direitos humanos de pessoas LGBT na Chechênia perto da turística Praça Vermelha.
VIDEO: British gay rights activist Peter Tatchell arrested in Moscow for holding a one-man protest against Russia's record on LGBT rights, hours before the #WorldCup kick-off pic.twitter.com/gmmdycuoea
— AFP news agency (@AFP) 14 de junho de 2018
A agência russa “Interfax” informou que a polícia russa confirmou que vai acusar formalmente o britânico por quebrar a lei durante eventos públicos.
O perfil do ativista destacou às 11h05 (horário de Brasília) que Tatchell foi liberado sob fiança. Levado à delegacia de Tverskaya, ele foi tratado bem.
“Obrigado por todo o apoio. Vamos relembrar a situação horrível dos LGBT na Rússia e na Chechênia”, lê-se no Twitter do ativista.
BREAKING – Peter Tatchell has been released. I've spoken to the Consulate Gen. who says he has been bailed & treated well. Thank you for the all the good wishes. Let's remember the awful plight of LGBTs in Russian & Chechnya. More from me soon. Simon at the @ptfoundation.
— Peter Tatchell (@PeterTatchell) 14 de junho de 2018
Um repórter da agência Reuters que estava no local viu quando um policial se aproximou do ativista. Ele teria avisado ao manifestante que era ilegal promover protestos do tipo durante a Copa do Mundo. O britânico teria recebido um ultimato: ou parava ou seria detido.
Depois de uma “longa conversa”, o ativista foi escoltado até uma viatura policial estacionada na praça.
No ano passado, o jornal “Novaya Gazeta” reportou que mais de cem pessoas LGBT foram detidos e torturados em territórios russos.
O líder da Chechênia, Ramzan Kadyrov, nega abusos contra pessoas LGBT, até porque, segundo ele, não há LGBTs na região.