Na inserção, o capitão da reserva associa a Haddad a veiculação de um filme com “beijo lésbico” para “criancinhas de 6 anos em escola”. O material faria parte do inexistente “kit gay”.
Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou a campanha de Bolsonaro a retirar do ar vídeos que disseminam fake news sobre um livro de sexualidade que o candidato afirmava, equivocadamente, que faria parte do que ele chama de “kit gay” que, para o TSE, nunca existiu. A decisão, na prática, o proibiu de insistir na notícia falsa de que Haddad teria distribuído material impróprio para crianças nas escolas.
Os advogados que representam o PT no âmbito eleitoral já estão cientes da veiculação da nova inserção de Bolsonaro e devem acionar o TSE.
Essa não é a primeira vez que o candidato do PSL propaga informações falsa sobre o Escola Sem Homofobia após decisão da Justiça Eleitoral. Em entrevista para a TV Cidade Verde, do Piauí, concedida ao jornalista Joelson Giordani no sábado (20) e divulgada na última terça-feira (23), Bolsonaro voltou a falar mentiras sobre o “kit gay”, afirmando que Haddad é o criador do programa, diante de uma pergunta sobre violência dentro das escolas.
O projeto ‘Escola sem Homofobia’, chamado de ‘kit gay’ pelos homofóbicos, que, por sua vez, estava dentro do programa Brasil sem Homofobia, do governo federal, em 2004, era voltado à formação de educadores, e não tinha previsão de distribuição do material para alunos. O programa não chegou a ser colocado em prática.