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Ministro quer proibir ‘cura gay’ na Alemanha: “Homossexualidade não é doença”

Jens Spahn é um dos principais líderes da ala direita do partido conservador União Democrata Cristã (CDU).

O ministro da saúde da Alemanha, Jens Spahn. (Foto: Kay Nietfeld)
O ministro da saúde da Alemanha, Jens Spahn. (Foto: Kay Nietfeld)
O ministro da saúde da Alemanha, Jens Spahn, quer proibir as chamadas terapias de conversão sexual e gênero no país. “Homossexualidade não é doença, portanto não é adequado que haja terapia para ela”, afirmou o ministro ao jornal alemão TAZ.

“Eu não acredito nessas terapias, até por causa da minha própria homossexualidade. Eu digo sempre que Deus deve ter tido os seus motivos”, afirmou Spahn, um dos principais líderes da ala direita do partido conservador União Democrata Cristã (CDU) e um crítico interno da chanceler federal Angela Merkel.

Ele anunciou que irá trabalhar com a ministra da Justiça, Katarina Barley, do Partido Social-Democrata (SPD), para chegar a um rascunho de projeto de lei até meados do ano. A lei deve ser a mais ampla possível, válida para os menores de idade e “clara o suficiente para que seja eficaz”, afirmou Spahn.

Barley afirmou que a sexualidade e gênero de pessoas LGBT é tão normal quanto a heterossexualidade e supostas terapias que têm como objetivo “converter” pessoas LGBT ofendem a dignidade humana.

Para a elaboração da proposta de lei, a Fundação Federal Magnus Hirschfeld, voltada ao combate à discriminação de pessoas LGBT, conduzirá um estudo para reunir material sobre como outros países estão combatendo legalmente a prática. Em alguns países, a chamada “cura gay” já é proibida, como é o caso de Israel, Equador e Malta e de alguns estados nos Estados Unidos.

Para o ministro, deve haver punições profissionais para quem oferece esse tipo de “terapia”, além de multa. Uma proposta de 500 euros de punição, apresentada pelo Partido Verde, foi rejeitada por Spahn por ser muito leve.

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