Usuário de iPhone processa Apple e pede mais de 62 mil por “transformá-lo em gay”
Homem alega que passou a se envolver com outras pessoas do mesmo sexo depois de um aplicativo que ele baixou.
A tecnologia realmente tem sido uma grande influência para as nossas atitudes do cotidiano, mas um rapaz da Rússia decidiu levar isso a outro nível e acusou a Apple por “transformá-lo em gay”. E ainda resolveu levar essa história para o tribunal e quer 1 milhão de rublos – o equivalente a US$ 15 mil ou R$ 62,4 mil – da fabricante do iPhone. A informação foi veiculada primeiramente por uma rádio de Moscow, chamada Govorit Moskva.
O russo, identificado como D. Razumilov, alega que passou a se envolver em relacionamentos com outros homens neste ano, depois de receber 69 GayCoins em um aplicativo de criptomoeda que ele baixou em seu iPhone em 2017. O remetente desses GayCoins, que era um completo desconhecido, teria também incluído uma mensagem em vários idiomas, que Razumilov interpretou como “não julgue sem tentar”. E foi aí que ele tentou, de acordo com seu próprio depoimento à rádio.
“Pensei: de fato, como posso julgar algo sem tentar? E decidi tentar relacionamentos com pessoas do mesmo sexo que eu”, escreveu Razumilov em uma denúncia publicada pela rádio Govorit Moskva nesta quarta-feira (2). “Depois de dois meses, posso dizer que estou me relacionando com alguém do mesmo sexo e não posso sair”, continua a queixa dele. “Eu tenho um namorado fixo e não sei como explicar isso para meus pais. Depois de receber a mensagem acima mencionada, minha vida mudou para pior e nunca mais será normal”, completa. Razumilov acusou a Apple de “o manipular em direção à homossexualidade”, algo que lhe causou “sofrimento moral e danos à saúde mental”.
Pessoas LGBT na Federação Russa enfrentam desafios legais e sociais não experimentados por heterossexuais. As leis afirmam que a atividade sexual consentida e em privado entre adultos do mesmo sexo foi despenalizada em 1993, com uma idade de consentimento de 16 anos. No entanto, existem leis de homofóbicas que podem punir com multas ou prisões. O Tribunal Distrital de Presnensky, em Moscou, registrou a ação de Razumilov na semana passada, de acordo com o banco de dados do tribunal e agendou uma entrevista para o próximo dia 17. Então é preciso esperar para ver no que isso vai dar.
1 comentário