Trans de 19 anos assassinada em SP é enterrada mais de um mês após o crime
A jovem Ana Luisa Pantaleão, de Alagoas, foi encontrada morta em setembro. Desde então, família acompanhava liberação que dependia de exames e reconhecimento. Enterro foi em Pão de Açúcar.
Foi enterrado na manhã desta quinta-feira (12) o corpo da jovem trans alagoana Ana Luisa Pantaleão, de 19 anos, assassinada em São Paulo. O sepultamento foi na cidade de Pão de Açúcar, interior de Alagoas. Ana desapareceu no dia 4 de setembro e seu corpo foi encontrado 15 dias depois.
A avó, Cláudia Santos, e uma prima de Ana, viajaram até São Paulo para acompanhar a liberação e fazer o traslado.
Somente um mês após o desaparecimento, a avó da vítima conseguiu fazer o reconhecimento oficial junto ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo, para onde o corpo foi levado após ser encontrado às margens de uma rodovia em Pirapora do Bom Jesus (SP). Desde então, a família aguardava a liberação para voltar para Alagoas.
Ana Luiza morava em São Paulo há um ano e meio. Segundo a avó, ela era profissional do sexo, e o assassino era cliente dela. Ele foi preso no dia 15 de setembro e, dias depois, confessou o crime e mostrou onde estava o corpo.
A família foi informada sobre o desaparecimento de Ana Luiza no dia 6 de setembro. No dia seguinte, Cláudia viajou até a cidade onde ela morava para acompanhar as investigações.
Cláudia conta que a neta deixou Pão de Açúcar em busca de uma realização pessoal. Em São Paulo, ela morava em um pensionato com outras 12 pessoas.
Segundo a avó, Ana Luiza tinha o sonho de morar na Europa. Enquanto esse sonho não se realizava, a neta fazia planos de voltar a morar em Maceió e comprar um apartamento.