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Suposto assassino em série amedronta comunidade LGBT sul-africana

A CGE (Comissão para a Igualdade de Gênero) da África do Sul pressiona a polícia para investigar a morte de cinco homossexuais no último ano, já que existe uma possibilidade de os crimes terem sido cometidos por um assassino homofóbico em série.

“Condenamos energicamente os lamentáveis assassinatos de homossexuais em Johanesburgo e outras partes da África do Sul”, afirmou a CGE através de um comunicado divulgado nesta sexta-feira no site da instituição pública.

“A comissão também está preocupada com o grande atraso nas investigações, considerando que estes atos criminosos merecem ser tratados com a máxima rigidez”, acrescentou.

Segundo o jornal sul-africano “Star”, pelo menos cinco gays foram assassinados em circunstâncias similares na área metropolitana de Johanesburgo nos últimos 18 meses. O fato levou os investigadores a considerar que poderia se tratar de um assassino em série ou ações de um grupo homofóbico.

Todas as vítimas deste suposto assassino em série foram encontradas em seus domicílios, amarradas, estranguladas e sem sinais de reação. A hipótese de roubo também já foi descartada, pois em nenhum caso houve subtração de objetos de valor.

A vítima mais recente, Barney Van Heerden, 39, foi encontrado no dia 19 de setembro em sua residência no Orange Grove, no leste de Johanesburgo.

A África do Sul possui uma das legislações mais avançadas da África em matéria de direitos LGBT, porém, os crimes e os ataques homofóbicos são frequentes no país, especialmente nos bairros pobres das grandes cidades.

Recentemente, o governo sul-africano criou um grupo de trabalho para evitar os assassinatos e as “violações corretivas” de LGBTs. O grupo busca evitar que a agressão seja tratada como um meio para corrigir sua orientação sexual.

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