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Nigéria prende 53 pessoas sob acusação de realizar casamento do mesmo sexo

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Nigéria prende 53 pessoas sob acusação de realizar casamento do mesmo sexo
Foto: BISI-HOTLINE ADEFISAYO / AFPHuman Rights Watch já denunciou violência contra população LGBT no país.

Um grupo de 53 pessoas foi acusado de conspirar para celebrar um casamento entre pessoas do mesmo sexo na Nigéria. Os acusados chegaram a ir para cadeia, no último sábado, mas foram liberados após pagamento de fiança. A lei local proíbe “atos homossexuais”, que podem ser punidos com até 14 anos de prisão.

Na audiência sobre o caso, os réus se declararam inocentes das acusações. Eles negaram que tivessem conspirando para a realização de um matrimônio de pessoas do mesmo sexo e afirmaram não pertencer a uma sociedade ilegal.

Em entrevista a um veículo local, o advogado Yunusa Umar disse que seus clientes foram detidos ilegalmente durante mais de 24 horas. Segundo ele, a maioria dos integrantes do grupo era estudantes.

Ser LGBT é proibido na Nigéria desde 2014, com forte influência de conservadores religiosos. Em um relatório da organização Humans Right Watch (HRW), publicado no ano passado, foram denunciados abusos contra a população LGBT do país.

No texto, a organização denuncia tortura, violência física e sexual, extorsão, entre outros crimes, contra essa minoria. Relatos apontam que a criminalização da homossexualidade permite que policiais e autoridades legitimem a violência contra pessoas LGBT no país.

Na Nigéria, além de um movimento evangélico no sul, há forte adesão ao islamismo. Ambas religiões se opõem aos direitos LGBT.

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