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Livro afirma que quatro em cada cinco padres do Vaticano são gays

Jornalista e escritor francês afirma que 80% dos padres que trabalham no Vaticano são gays, embora não necessariamente sexualmente ativos.

Cardeais reunidos na Basílica de São Pedro, no Vaticano: escândalos relatados em livro chegam à cúpula da Igreja Católica. (Foto: Andrew Medichini / AP)
Cardeais reunidos na Basílica de São Pedro, no Vaticano: escândalos relatados em livro chegam à cúpula da Igreja Católica. (Foto: Andrew Medichini / AP)
Alguns dos clérigos mais antigos da Igreja Católica Romana que atacaram ferozmente a população LGBT são gays, de acordo com um livro que será publicado na semana que vem.

Na obra “In the Closet of the Vatican” (“No Armário do Vaticano”, em tradução livre), o jornalista e escritor francês Frédéric Martel afirma que 80% dos padres que trabalham no Vaticano são gays, embora não necessariamente sexualmente ativos.

Martel afirma que sua obra é um “relato surpreendente de corrupção e hipocrisia no coração do Vaticano”. Em quatro anos de pesquisa, ele realizou 1.500 entrevistas. Entre seus interlocutores estão 41 cardeais, 52 bispos, 45 embaixadores papais ou oficiais diplomáticos, 11 guardas suíços e mais de 200 padres e seminaristas, segundo o site Tablet, especializado na cobertura sobre a Igreja Católica.

O livro, publicado pela editora britânica Bloomsbury, será lançado na próxima quarta-feira em oito idiomas e 20 países, coincidindo com o dia de abertura de uma conferência no Vaticano sobre abuso sexual, para a qual foram convocados bispos de mais de 100 países.

Segundo a Bloomsbury, o livro de Martel “revela segredos” sobre o celibato, a misoginia e conspirações contra o Papa Francisco — em uma “cultura clerical secreta que começa nos seminários juniores e continua até o próprio Vaticano”.

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